Os terramotos são uma das forças mais poderosas da natureza, remodelando a superfície do nosso planeta em segundos. Todos os anos, milhões de pequenos e grandes tremores abalam diferentes partes do mundo, mas algumas regiões os experienciam com muito mais frequência do que outras.
Compreender onde os terramotos ocorrem com mais frequência ajuda investigadores, viajantes e residentes a prepararem-se para potenciais riscos. Do Japão ao Chile, certos países estão situados em grandes limites tectónicos que os tornam especialmente vulneráveis à atividade sísmica.
Este artigo explora os países e cidades com mais sismos no mundo, explicando por que eles ocorrem lá e quais regiões enfrentam a maior frequência e magnitude de tremores.
A crosta terrestre está dividida em grandes placas chamadas placas tectónicas. Estas placas movem-se lentamente, mas de forma contínua, e quando colidem, se afastam ou deslizam umas contra as outras, o stress liberta energia na forma de um terramoto.
As áreas localizadas ao longo destes limites de placas são chamadas de zonas sísmicas, e acolhem quase 90% dos terramotos do mundo.
O mais ativo de todos é o Anel de Fogo do Pacífico — um cinturão em forma de ferradura que circunda o Oceano Pacífico. Os países que fazem fronteira com esta zona, como o Japão, a Indonésia e o Chile, experienciam milhares de tremores a cada ano.
O Japão regista mais de 1.500 sismos todos os anos, tornando-se o país mais propenso a sismos na Terra.
Situado onde se encontram quatro placas tectónicas — a do Pacífico, a das Filipinas, a Euroasiática e a Norte-Americana — o Japão está constantemente exposto a tensões sísmicas.
O governo do Japão desenvolveu alguns dos sistemas de detecção de sismos e tecnologias de construção mais avançados do mundo para minimizar danos. A preparação e a infraestrutura do país são modelos para outras regiões sísmicas em todo o mundo.
A Indonésia está situada exatamente no Círculo de Fogo do Pacífico, onde várias placas tectónicas se encontram, incluindo as placas australiana e euroasiática. Isso provoca tanto sismos frequentes como erupções vulcânicas.
A Indonésia enfrenta o duplo desafio de terremotos e tsunamis, e muitas cidades costeiras como Banda Aceh e Padang continuam vulneráveis.
Estendendo-se ao longo da fronteira entre a placa de Nazca e a placa sul-americana, o Chile é um dos países mais sismicamente ativos do Hemisfério Ocidental.
O Chile tem códigos de construção sísmica rigorosos e sistemas de resposta a emergências rápidos, tornando-se uma das nações mais preparadas para sismos, apesar da constante atividade sísmica.
A Turquia está situada na Zona de Falha Anatólica, um dos sistemas de falhas mais ativos do mundo.
O país regista centenas de sismos notáveis a cada ano, com alguns ocasionalmente devastadores.
Porque a Turquia liga a Europa, a Ásia e o Médio Oriente, a atividade sísmica aqui afeta milhões de pessoas e tem impactos regionais significativos.
O México é outro país situado no Anel de Fogo do Pacífico.
As suas regiões ocidentais e meridionais enfrentam um movimento tectónico constante devido à interação entre as placas de Cocos e da América do Norte.
O sistema de alerta antecipada de sismos do México, conhecido como SASMEX, alerta os cidadãos segundos antes de um sismo atingir áreas povoadas — uma ferramenta crucial para salvar vidas.
Como a Indonésia, as Filipinas estão rodeadas por zonas de subducção ativas, tornando-se um dos países mais propensos a sismos na Ásia.
Os sismos nas Filipinas estão frequentemente associados a riscos de tsunami e erupções vulcânicas, criando perigos naturais em camadas que desafiam a preparação local.
O Irão situa-se onde as placas arábica e euroasiática colidem, resultando em sismos frequentes e muitas vezes mortais.
Muitos dos sismos do Irão ocorrem em regiões densamente povoadas ou historicamente significativas, amplificando o seu impacto tanto nas vidas como no património cultural.
Enquanto Califórnia é famosa pelos seus sismos devido à Falha de San Andreas, os EUA têm várias outras zonas ativas.
O Serviço Geológico dos EUA (USGS) monitora continuamente a atividade sísmica e fornece alertas de terremotos em tempo real, ajudando os residentes a manterem-se informados através de aplicações e sistemas de alerta público.
| City | Country | Reason for High Seismic Activity |
|---|---|---|
| Tokyo | Japan | Intersection of four major tectonic plates |
| Jakarta | Indonesia | Subduction zone and volcanic arc |
| Santiago | Chile | Nazca–South American plate boundary |
| Istanbul | Turkey | North Anatolian Fault proximity |
| Manila | Philippines | Surrounded by active faults |
| Tehran | Iran | Arabian–Eurasian collision zone |
| Anchorage | United States | Pacific–North American plate contact |
Estas cidades situam-se em zonas onde os movimentos das placas tectónicas são constantes, tornando-as algumas das áreas metropolitanas mais propensas a sismos a nível global.
A tecnologia moderna permite que os cientistas detetem e meçam os terremotos em tempo real.
Organizações como o USGS, JMA (Agência Meteorológica do Japão) e EMSC utilizam sensores avançados, sistemas de GPS e modelos baseados em IA para monitorizar a atividade sísmica em todo o mundo.
Plataformas web como Earthqua e Mapa de Terramotos ao Vivo da Turquia fornecem atualizações em tempo real dos últimos tremores, mostrando magnitude, profundidade e coordenadas do epicentro — ferramentas que ajudam o público a manter-se informado e seguro.
Os países com alto risco sísmico aprenderam que a consciência salva vidas.
Os designs de edifícios resistentes a sismos, aplicações de alerta precoce e programas de educação pública reduziram dramaticamente o número de vítimas em muitas regiões.
Embora os terramotos não possam ser previstos, compreender onde e por que acontecem — e monitorizar dados ao vivo — dá à humanidade a melhor oportunidade de reduzir o impacto de uma das forças mais imparáveis da natureza.